A vitamina D, conhecida como a Vitamina do Sol, têm sido alvo de um número crescente de pesquisas nos últimos anos, demonstrando sua função além do metabolismo do cálcio e da formação óssea, incluindo sua interação com o sistema imunológico, tendo em vista a expressão do receptor de vitamina D em uma ampla variedade de tecidos corporais como cérebro, coração, pele, intestino, gônadas, próstata, mamas e células imunológicas, além de ossos, rins e paratireoides.
Estudos atuais têm relacionado a deficiência de vitamina D com várias doenças autoimunes, incluindo diabetes melito insulino-dependente, esclerose múltipla, doença inflamatória intestinal, lúpus eritematoso sistêmico, psoríase e artrite reumatoide. Diante dessas associações, sugere-se que a vitamina D seja um fator extrínseco capaz de afetar a prevalência de doenças autoimunes. Estudos epidemiológicos mostram que a deficiência de vitamina D poderia estar associada a risco aumentado de neoplasia de cólon e próstata, doença cardiovascular e infecções.
Baixos níveis séricos de vitamina D podem, ainda, estar relacionados com outros fatores como diminuição da capacidade física, menor exposição ao sol, efeito colateral de medicamentos, além de fatores nutricionais.
Onde a vitamina D está? O sol é a principal fonte do micronutriente, mas podemos encontrar também em alguns alimentos como o óleo de fígado de bacalhau, cogumelo shiitake, salmão, atum, sardinha e na gema do ovo de galinha ou através da suplementação de vitamina D.
Para quantificar se existem níveis adequados de vitamina D, deve ser dosada a concentração de 25(OH)D, que representa sua forma circulante em maior quantidade. A deficiência deve ser definida como concentração sérica inferior a 32 ng/mL (80 nmol/L).
MARQUES, C. D. L.; DANTAS, A. T.; FRAGOSO, T. S. DUARTE, A. L. B. P.; A importância dos níveis de vitamina D nas doenças autoimunes. Rev. Bras. Reumatol. Vol.50 nº1, São Paulo. Jan./Fev. 2010.
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